Persegui esse casal ao longe com a câmera. (ou apenas fui perseguido por mim mesmo?)
Os fotografei dezenas de vezes. Cada enquadramento muito próximo um do outro. Nuances quase imperceptíveis, que só se revelam com o acúmulo da passagem do tempo.
Mesmo de tão longe quis retrata-los.
Me afastando pude fotografar o que é só forma e não mais conteúdo.
Talvez, uma maneira de me ater àquilo que nos é comum à todos. Um lugar onde a cepa que nos faz ainda é universal. Anterior à idiossincrasias.
Tento trazer à luz, algo que não pode ser visto.